segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Falsos Romances na Internet, Golpistas Scammers



O sonho de conquistar um romance ao abrir uma janela de bate-papo na internet se transformou em dor de cabeça para algumas mulheres no Ceará. Seduzidas por criminosos que se passam por bons moços, as vítimas depositam fé nos sorrisos fáceis das fotografias e dinheiro nas contas dos farsantes.
Ao conhecer alguém pela internet, todo cuidado é pouco: verifique suas referências
Fazer amizade pela internet é uma realidade dos tempos modernos, mas todo cuidado é pouco. Muitas vezes, o amigo virtual pode virar um perigo.

Algumas mulheres buscam na internet o parceiro ideal. “Um cara muito inteligente, bom papo, boa conversa, muito entendido de muitos assuntos”.

Uma história cinematográfica veio à tona na Inglaterra.
o tabloide Daily Mail publicava uma reportagem sobre uma mulher de 59 anos que foi enganada por um falso namorado que conhecera pela internet, e acabou por entregar ao estelionatário suas economias da vida inteira.

Vicky Fowkes conheceu em um site de relacionamentos um suposto engenheiro civil que dizia se chamar John Hawkins. O homem dizia ser sul-africano e viver na Inglaterra, mas estaria na Nigéria a trabalho. A certa altura, Hawkins disse que retornaria à Inglaterra e que poderia encontrar Vicky. Porém, teria sido impedido de sair da Nigéria por dever impostos. O falsário pediu, então, ajuda à vítima, que entregou de bandeja 40.000 libras, o equivalente a pouco mais de 100.000 reais.

Esse tipo de golpe é bastante comum no Reino Unido. De acordo com a reportagem do Daily Mail, um estudo da Universidade de Leicester constatou que cerca de 200.000 pessoas já foram enganadas em namoros virtuais. Os valores entregues a título de ajuda ao falso namorado ou namorada variaram de 50 a mais de 275.000 libras.

Mas não é só em terras britânicas que ocorre o golpe do namoro pela internet. Esquemas como o que vitimou Vicky são aplicados em todo mundo, e a história do sujeito que está em terras estrangeiras e precisa de ajuda financeira é largamente aplicada. O Brasil mesmo já teve a sua Vicky Fowkes, que, no entanto, entregou uma quantia bem menor ao bandido.

Em 2009, uma mulher de Belo Horizonte conheceu pela internet um brasileiro que dizia morar nos Estados Unidos. Ele pediu dinheiro para comprar sua passagem ao Brasil e, depois, para custear despesas médicas. No fim das contas, a vítima depositou-lhe 2.900 reais. Quando constatou a fraude, foi à delegacia registrar a ocorrência. “A moça nem desconfiou do fato de a conta do sujeito ser de São Paulo”, diz Bruno Tasca Cabral, delegado que cuidou do caso à época.



Histórias convincentes

Ao se deparar com uma história desse tipo, a reação de muita gente pode ser de incredulidade frente à aparente ingenuidade das vítimas. Mas é bom atentar para o fato de que muitos dos estelionatários que aplicam esse tipo de golpe muitas vezes sofisticam suas histórias pessoais para ganhar a confiança da vítima, que frequentemente está passando por um momento de fragilidade emocional. Os relatos são tão ricos em detalhes que poderiam virar roteiros de cinema.

No caso britânico, fraudador e vítima conversaram durante alguns meses antes que ele pedisse dinheiro pela primeira vez. Os dois se falavam inclusive por telefone, possibilitando a Vicky identificar um sotaque sul-africano que ela achou “encantador”. “Nós conversávamos sobre tudo que existia sob o sol – famílias, relacionamentos, hobbies, interesses, animais de estimação, nosso passado. Eu confiava nele completamente”, disse a britânica ao Daily Mail.

Segundo ela, Hawkins pintou um cenário rico em detalhes de como seria sua vida na Inglaterra. Enviou-lhe fotos convincentes – aparentava ter cinquenta e poucos anos – e tinha resposta para todos os questionamentos de Vicky. Por que ele precisava do dinheiro dela para pagar o débito com o governo nigeriano? Por que tinha sido roubado, estava sem seus cartões e, portanto, sem acesso a suas contas britânicas. Por que não pedia ajuda à família? Porque não queria alarmar sua mãe. “Para tudo que eu perguntava – como por que a embaixada não poderia ajudar – ele sempre tinha uma resposta”, disse Vicky ao jornal.

No Brasil, a mentira do fraudador de 2009 também era rica em detalhes. Após conversar pela internet durante certo tempo, a vítima se apaixonou pelo falsário, que marcou sua ida ao Brasil para vê-la. No entanto, alegando estar desempregado, o homem pediu dinheiro a vítima para a passagem, e forneceu-lhe dados de uma conta bancária em São Paulo. Na véspera da suposta viagem, ele disse que não poderia embarcar, pois havia sofrido um acidente de carro.

Para dar veracidade à história, o estelionatário buscou fotos de acidentes de carro na internet e forjou imagens de si mesmo ferido, que foram enviadas à moça pelo correio. “Ele deitou numa cama, se enfaixou todo, maquiou-se para parecer ter um olho roxo e pôs um canudinho para parecer que estava tomando soro”, descreveu o delegado. A vítima, então, enviou-lhe mais dinheiro para as despesas médicas, numa quantia que totalizou 2.900 reais.

“Você jamais deve considerar que está conversando com a pessoa. Até que você tenha referências suficientes para checar seu background, não é uma pessoa, são letras e números”, diz Alexandre Atheniense, advogado especializado em Direito da Tecnologia da Informação que atua em Minas Gerais.

Outros casos

Em ambos os casos, as vítimas só perceberam o esquema quando já era tarde demais, e foram à polícia fazer o registro. No caso brasileiro, o bandido foi identificado e o processo agora corre na Justiça de São Paulo, de onde o fraudador cometeu o crime. Porém, em fóruns e comunidades da internet não faltam comentários de pessoas que dizem já ter sofrido tentativas de golpes semelhantes em sites de relacionamento.

Quase sempre o fraudador diz estar baseado em um país estrangeiro e precisar de ajuda financeira por algum motivo mirabolante. Um golpe muito comum, inclusive no Brasil, é o das supostas russas que tentam extorquir homens que conhecem em sites de namoro. São estelionatários que usam e-mails e nomes falsos – Anastasiya, Angelica, Anna Strokova, Elenka Vasilyeva, entre outros -, enviam fotos de lindas mulheres russas para fisgar suas vítimas e pedem dinheiro para as mais variadas despesas.

A Nigéria é um país constantemente mencionado em casos de embustes amorosos, assim como outros países africanos, como Gana e Serra Leoa. Muitos dos golpistas são de fato nigerianos e de outras partes da África, mas também há fraudadores em países como Inglaterra e Canadá.

Não é de hoje que a Nigéria é mencionada em mensagens de golpistas. Mesmo antes de a internet se popularizar, já existia o golpe da “carta da Nigéria” – que hoje vem por e-mail – com uma oferta de emprego na África ou gordas recompensas em dinheiro para quem depositar, para o remetente, uma determinada quantia. Quem se dispõe a conversar com o golpista vai se deparar com histórias incríveis e ricas em detalhes.

Pelo menos mais três mulheres cearenses que dizem ter sido vítimas de um golpe digital, denunciaram os casos à Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) da Polícia Civil. O titular da Especializada, delegado Jaime Paula Pessoa Linhares, disse que após a divulgação de um caso, em março deste ano, outras mulheres se sentiram encorajadas a denunciar os golpistas estrangeiros.

Duas das vítimas chegaram a fazer depósitos em dinheiro no Banco Postal para os falsários. A primeira depositou ao todo R$ 32 mil e a outra R$ 5 mil. Elas contaram que tiveram o primeiro contato com os suspeitos por meio de sites de relacionamento. Eles se mostraram carinhosos, atenciosos e apaixonados e só quando ganharam a confiança das vítimas começaram a pedir dinheiro, alegando que passavam por situações complicadas, de naturezas diversas.

Conforme a Polícia, os criminosos criam perfis falsos, com fotografias aleatórias, e estudam o perfil das vítimas, como idade, profissão. Em momentos de instabilidade emocional, a pessoa estará mais propensa a cair no golpe ( Foto: Bruno Gomes )

Ângela Maria de Barba Rocha, de 28 anos, foi atraída para o Ceará e morta com golpes na cabeça ano passado
Já a professora aposentada Maria das Graças Martins Nina, 66, foi assassinada a mando do genro
Diante de tanta exposição, a dica é ter sempre cuidado com as informações compartilhadas ( Foto: Bruno Gomes )
O sonho de conquistar um romance ao abrir uma janela de bate-papo na internet se transformou em dor de cabeça para algumas mulheres no Ceará. Seduzidas por criminosos que se passam por bons moços, as vítimas depositam fé nos sorrisos fáceis das fotografias e dinheiro nas contas dos farsantes.

Pelo menos mais três mulheres cearenses que dizem ter sido vítimas de um golpe digital, denunciaram os casos à Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) da Polícia Civil. O titular da Especializada, delegado Jaime Paula Pessoa Linhares, disse que após a divulgação de um caso, em março deste ano, outras mulheres se sentiram encorajadas a denunciar os golpistas estrangeiros.

Duas das vítimas chegaram a fazer depósitos em dinheiro no Banco Postal para os falsários. A primeira depositou ao todo R$ 32 mil e a outra R$ 5 mil. Elas contaram que tiveram o primeiro contato com os suspeitos por meio de sites de relacionamento. Eles se mostraram carinhosos, atenciosos e apaixonados e só quando ganharam a confiança das vítimas começaram a pedir dinheiro, alegando que passavam por situações complicadas, de naturezas diversas.

Ousadia

A outra denunciante disse que não se inscreveu em nenhum site de relacionamento, mas o estelionatário conseguiu seus contatos online e começou uma conversa. Segundo ela revelou à Polícia, as desconfianças começaram quando o homem que se dizia apaixonado lhe disse que precisava de dinheiro.

"Foi muito importante ela ter tido esta percepção de que não é normal no início de um relacionamento alguém já estar pedindo dinheiro. Ao descartar a possibilidade de fazer os depósitos, rapidamente os contatos foram encerrados", afirmou Linhares.

Segundo o delegado, a fraude continua de acordo com a disponibilidade da vítima. "Enquanto você não percebe que está sendo parte de um golpe e está correspondendo ao que eles pedem, terá atenção e continuará sendo procurada", explicou.

Jaime Paula Pessoa afirmou que as fraudes são idênticas e que, infelizmente, a possibilidade de a vítima ter o dinheiro depositado para os estelionatários, ressarcido, é muito pequena. "O trabalho da Polícia é identificar e punir quem comete crimes e isto nós estamos fazendo com bastante empenho. No entanto, conseguir o dinheiro de volta é outra coisa. Quando se rouba um bem, é fácil de recuperar, porque aquele objeto pode ser descaracterizado, mas não deixará de ser o que sempre foi. Já o dinheiro, é gasto e pronto", disse o delegado.

O titular da DDF alerta que a conversa mantida pelos falsários é sempre muito parecida e o perfil apresentado na internet é padrão. Segundo ele, é necessário manter-se alerta para pontos que são convergentes em todas as fraudes que já foram denunciadas à Polícia.

"Sempre postam fotos de pessoas atraentes como se fossem deles, se dizem empresários ou investidores, afirmam que estão montando um negócio novo muito promissor, demonstram o interesse de vir ao Brasil conhecer as vítimas e logo em seguida pedem dinheiro. No começo, exigem quantias pequenas, mas quando veem que estão conseguindo o que querem a situação vai piorando. Esta senhora que chegou a depositar R$32 mil, fez vários depósitos. Eles indicam até que o dinheiro deve ser depositado no Banco Postal, porque não ficam registros da transação", disse.

Para o delegado, não é difícil cair em um golpe destes e a situação emocional da vítima conta muito para que a fraude seja concretizada. "Estamos falando de golpistas especializados, de pessoas que estão toda hora procurando uma forma de aperfeiçoar fraudes. Eles estudam as características, idade, profissão das pessoas para ver o que pode agradá-las. Se a pessoa está emocionalmente fragilizada, é normal que não perceba a armação".

Linhares contou ainda, que os golpes acontecem de forma rápida e que, em cerca de um a dois meses, a vítima já é descartada.

"Infelizmente, as vítimas estão em sites de relacionamento como produtos em prateleiras para serem escolhidas por estes criminosos. Não se trata de uma pessoa realmente apaixonada, não há uma dedicação exclusiva. À medida em que vão ganhando o dinheiro, vão descartando as mulheres".

O delegado pede a colaboração de todas as pessoas que suspeitam que podem ter sido vítimas deste golpe, para que denunciem à Polícia.

"Comparecer à Delegacia faz com as pessoas resgatem a autoestima, porque quando você é vítima de um golpe se sente um bobo, se vê humilhado, mas quando sabe que está ajudando a outras pessoas a não caírem na conversa destes 'espertalhões', se sente melhor".

Segundo o delegado, as vítimas demonstram em seus depoimentos o quanto estão deprimidas com o que lhes aconteceu.

"Às vezes, a gente pensa que uma arma apontada para a cabeça é o que assusta, o que traumatiza, mas ninguém queira experimentar uma situação como esta. Você é vítima de alguém que usou seus sentimentos e levou embora o seu dinheiro. A sensação de impotência, de não poder sequer verbalizar o que você sente, por vergonha, é algo certamente muito doloroso".

Crime internacional

Como existem indícios muito fortes de que os suspeitos dos golpes estejam em outros Países, o inquérito que apura os casos foi encaminhado também à Polícia Federal (PF) e à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).

"A PF tem contatos estreitos com a Interpol e com as Embaixadas de diversos Países que poderão nos ajudar; e a DDM também será um suporte, já que é especializada em lidar com casos em que mulheres são vítimas. São colaborações importantes para nós", considerou o delegado.

Casos recentes mostram perigo de romances virtuais

Perder dinheiro acaba sendo dos males o menor se comparado com o que passaram algumas mulheres, recentemente, no Ceará, graças a romances iniciados em redes sociais ou na internet.

Em março do ano passado, por exemplo, a paranaense Ângela Maria de Barba Rocha, de 28 anos, foi atraída para o Ceará e morta com golpes na cabeça. O suspeito do crime, o cearense cobrador de ônibus Clécio de Oliveira Braga, 33, está preso e aguarda julgamento.

A mulher, formada em Química, era natural do Paraná mas vivia na Paraíba, onde trabalhava, quando conheceu Clécio pela internet. O suspeito era casado e pai de uma criança de cinco anos de idade, mas se aproximou de Ângela, que mantinha um perfil em uma rede social, para começar um relacionamento amoroso.



Danillo Fernandes, preso esta semana, usa o computador pra escolher suas vítimas. “A gente começava a conversar, marcava encontro e, quando dava a oportunidade, eu furtava e ia embora”, revela o suspeito.


Janinha Pereira foi seu alvo mais recente. E o desfecho do primeiro encontro real foi trágico. Ela foi morta pelo galanteador, que ia atrás de mulheres em sites de namoro com um objetivo: roubar.

Janinha, de 37 anos, era secretária. Solteira, ela tinha acabado de terminar um relacionamento de seis anos. Morava em Montes Claros, Minas Gerais.

“Ele começou a conquistar ela aos poucos, falando que sabia cozinhar bem, que sabia dançar, que era uma pessoa que gostava muito de casa, de cuidar de casa”, conta a cunhada da vítima, Lidiane do Carmo Guimarães. “Ela acreditava no que as pessoas falavam. Quando esse cara falou essas coisas para ela, ela ficou toda encantada”.

“Geralmente, elas buscam companhia, acho que é o principal”, diz suspeito pelo assassinato. Danillo está preso e já confessou para a polícia que matou Janinha. Segundo ele, o crime ocorreu depois de uma discussão.

Ele revelou também nove casos em que roubou as "namoradas" que tinha conquistado pela internet. “Celulares, dinheiro, máquina fotográfica. Quando surgia a oportunidade por descuido da pessoa, eu simplesmente pegava as coisas de valores e ia embora, saía”, conta Danillo.

“Existe a possibilidade de elas nem mesmo terem procurado a polícia”, diz a delegada de Montes Claros, Karla Marques.

Danillo dizia morar em São Paulo, ser solteiro, sem filhos. Incrementava o perfil com informações que ele mandava por e-mail. O Danillo "virtual" era um amante da cultura e culinária japonesas. Dizia que praticava o budismo, que morava no bairro da Liberdade e que dividia a casa com um cão da raça Akita, chamado Fred.

Era um perfil atraente, mas mentiroso. Terminava enviando suas fotos e mais um recado:

“Isso é o que tem para saber de mim pela net. O mais, só com o dia a dia”.

Por trás dessa imagem de "bom partido", Danilo escondia sua verdadeira identidade: não trabalhava e, sem endereço fixo, dormia em pensões baratas do centro de São Paulo. Escondia também uma vida criminosa com passagens pela polícia por roubos e estelionato.

“Era galanteador demais, cavalheiro, prestativo e assim, acima de qualquer suspeita. O tipo de homem que toda mulher gosta”, lembra uma vítima de Danillo.

Mas não é só para furtar que existem golpes, tem os "sádicos" que usam das mesmas artimanhas para convencer mulheres a fazerem o que querem a seu benefício não apenas financeiro, mas para o egocentrismo extremo, homens que fingem serem os ideias a mulheres carentes que estão na rede a procura de um parceiro ideal, um romance, um amor, e enganam, fazem as se afastarem da família, dos amigos, isolam essas mulheres e as matam psicologicamente, enganando-as com quando elas desconfiam, que sofreram acidentes, que estão em hospitais, criam doenças graves, falsas viagens, para não encontrarem pessoalmente e manter a manipulação com as vitimas.

Existe em uma rede social um perfil de um desses falsários para denuncias.

https://www.facebook.com/JLestelionato/

Dicas

Fazer amizades e começar namoros pela internet já é uma realidade. Mas antes de confiar na pessoa com quem você se corresponde, é preciso checar suas referências virtuais e reais. “Qualquer golpista evita dar referências presenciais sobre si. Ele vai tentar conduzir toda a sua interlocução pelo meio eletrônico”, diz Alexandre Atheniense.

O primeiro passo é checar o nome da pessoa nas redes sociais e nos mecanismos de busca. A falta de informações é um primeiro sinal de suspeita. Busque também seu e-mail nos mecanismos de busca para verificar se aquela conta já não foi usada em golpes anteriores. Existem centenas de sites e fóruns online em que os internautas alertam sobre golpistas reincidentes.

“Mas não se contente com as referências virtuais, cheque também referências presenciais”, alerta o advogado. Verifique se a pessoa realmente trabalha onde diz trabalhar. E se, depois de um tempo de relacionamento, ela não fornecer um endereço físico, não embarque. É claro que existem golpistas que chegam a se relacionar presencialmente com as vítimas para, depois, roubá-las. Mas a prevenção virtual já evita boa parte dos embustes.

Existem ainda outros elementos que evidenciam os golpes logo de cara. “São comuns erros de português nesses e-mails. Se houver, logo no primeiro contato, uma oferta mirabolante mediante depósito em dinheiro, mesmo que o remetente seja conhecido, é golpe na certa. Ninguém faz uma abordagem assim tão direta, por melhor que seja a proposta”, diz Atheniense.

Fonte: Exame, G1,